Em meio a uma sociedade que busca evoluir em diversas áreas, um tema perturbador e crucial vem à tona: o aumento preocupante de casos de violência contra crianças e adolescentes, especialmente abusos sexuais.
Dados científicos e estatísticas recentes revelam uma ascensão alarmante nos casos de violência contra crianças e adolescentes em todo o mundo. No Brasil, estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm registrado números significativos de casos de abuso sexual infantil.
Diversos fatores podem contribuir para a ocorrência desses crimes chocantes. Entre eles estão a falta de educação sexual adequada, a exposição precoce e inadequada a conteúdos sexuais, a vulnerabilidade econômica, o abuso de substâncias e a desestruturação familiar. A influência do ambiente digital também desempenha um papel significativo, com criminosos utilizando a internet para abordar e explorar suas vítimas.
No Brasil, a Lei nº 13.718/18 trouxe avanços importantes na proteção das crianças e adolescentes contra crimes sexuais. Ela estabelece punições mais severas para o abuso sexual, inclusive quando praticado virtualmente. Além disso, a Lei nº 13.431/17 determina procedimentos para o atendimento integrado às vítimas e estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência. A justiça pode impor penas que variam de acordo com a gravidade do crime, podendo incluir prisão, multa e medidas de reabilitação.
Estudos científicos têm demonstrado que as vítimas de abuso sexual na infância estão sujeitas a problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e dificuldades de relacionamento. A faixa etária mais vulnerável costuma ser entre 7 e 13 anos. Quanto aos agressores, muitas vezes são conhecidos das vítimas, incluindo membros da família, vizinhos, amigos próximos ou figuras de confiança, como professores ou líderes religiosos.
Os criminosos que visam crianças e adolescentes frequentemente se aproveitam da ingenuidade e confiança dessas vítimas. Utilizam táticas manipuladoras, como promessas de recompensas, ameaças de violência contra elas ou suas famílias, ou ganham gradualmente sua confiança por meio de abordagens online.
Para combater esse problema complexo, é fundamental uma abordagem mais ampliada, como: conscientização digital, apoio psicossocial, denúncia e atendimento, assim como responsabilização legal, por parte de familiares e responsáveis.
Texto: João Vitor – Portal PBS
Foto: Reprodução
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