Os animais abandonados do município de Curionópolis tem passado por uma realidade triste e cruel.
A cidade possuí um abrigo municipal para animais de rua onde na ocasião os responsáveis pelo local de amparo, recolhem principalmente cachorros abandonados e levam até o abrigo. O que era para ser um belíssimo projeto, é na verdade uma lamentável situação.

No lugar para onde os animais são levados não existe cuidados, alimentação ou até mesmo higiene. Alguns cachorros ficam presos em coleiras rodeados por moscas, outros em um tipo de sala sem muita entrada de ar sem contar que o abrigo fica próximo ao lixão da cidade, o que promove ainda mais agravos para a vida dos animais.
Em um vídeo do abrigo publicado recentemente nas redes sociais, é possível constatar vários cachorros com baixo peso, sem comida e doente. Uma cena triste foi observada no início das imagens do vídeo citado, quando um cachorrinho aparece muito fraco e ofegante nas primeiras imagens.
De acordo com informações, diversos ossos de cachorros foram encontrados na área do abrigo, junto com restos de queimadas.
Vale ressaltar que na Constituição da República Federativa do Brasil, existe o decreto Lei Nº 24.645 de 1934 que estabelece medidas de Proteção ao Animais, sendo assim penalizados aqueles que realizam experiências dolorosa ou cruéis com animais.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DIVULGADA PELA PREFEITURA DE CURIONÓPOLIS:
A Prefeitura Municipal de Curionópolis vem à público se pronunciar a respeito do vídeo fazendo graves acusações de maus-tratos à animais e divulgado nas redes sociais de maneira irresponsável, com objetivo de causar tumulto, pânico e revolta na população. Sobre o conteúdo veiculado a prefeitura esclarece que:
– O prédio atualmente funciona como local de transição, recebendo unicamente animais em fase terminal, deixados no local pela comunidade carente, que se vêem sem condições de manter as necessidades básicas deles até o procedimento final de eutanásia. Os 16 animais ali alojados passaram por testagem sorológica positiva para leishmaniose, foram recebidos no local doentes e bastante debilitados, e estão alocados no prédio por um breve período, até o pleno cumprimento do protocolo para controle da doença, orientado pelo Ministério da Saúde. Em hipótese alguma, estão sofrendo maus-tratos ou privados dos cuidados necessários, do que pelo contrário, poderiam estar abandonados nas ruas, ingerindo restos de alimentos estragados, em frio ou calor, aumentando as chances de contaminação de leishmaniose à vida humana.
– O prédio conta com o trabalho de dois funcionários, que executam suas atividades diariamente em horário comercial e são responsáveis por alimentar os animais, hidratá-los, higienizando e realizando a limpeza dos recintos. Além disso, recebem avaliação e acompanhamento de um veterinário em casos de medicação, regularmente.
– O local ainda passa uma reestruturação, abrigando somente animais que oferecem riscos imediatos à saúde da população. Por este motivo, o prédio não é um lugar de reabilitação ou de destinação dos animais para adoação. Acolher os animais em fase terminal foi uma medida tomada, visando garantir em primeiro lugar, a segurança e o direito à saúde humana, e em seguida, para garantir os direitos básicos à alimentação, hidratação, medicação e abrigo provisório aos animais em seus últimos momentos de vida.
– As pessoas responsáveis por realizar as filmagens, infringiram a lei, ao invadir o local, destruindo o patrimônio público e fora do horário de expediente, por volta das 6:30h, desacompanhadas dos servidores responsáveis pelo local, colocando em perigo suas próprias vidas. Publicaram intencionalmente o conteúdo sem oferecer o direito de resposta aos possíveis questionamentos.
A Prefeitura ressalta o compromisso de preservar primeiramente a saúde da população, diminuindo as chances de contaminação da leishmaniose, e repudia os atos irresponsáveis, com ideações políticas e despreocupados com os possíveis impactos à população.
Texto: Clara Antunes – Portal PBS / Imagem: Reprodução Internet.
Gostaríamos de ouvir você