A Polícia Federal vai investigar uma série de queimadas registradas no estado do Pará. A informação foi confirmada neste domingo (25) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Reportagem da Revista Globo Rural publicada neste domingo mostra que redes sociais foram utilizadas para convocar o “dia do fogo”, realizado no dia 10 de agosto, quando várias regiões do estado foram incendiadas.
Em uma rede social, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse neste domingo que o presidente Jair Bolsonaro “determinou abertura de investigação rigorosa para apurar e punir os responsáveis pelos os fatos narrados”.
Os fatos a que Salles se refere são os citados na reportagem da Revista Globo Rural.
Na sequência, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, compartilhou a publicação do ministro do Meio Ambiente e disse ter sido contatado neste domingo por Bolsonaro, que pediu apuração rigorosa dos episódios.
“A Polícia Federal vai, com sua expertise, apurar o fato. Incêndios criminosos na Amazônia serão severamente punidos”, afirmou Moro na rede social.
Na última quinta-feira (22), o Ministério Público Federal no Pará informou, em nota, que conduz investigações, em três municípios e na capital paraense, para apurar a “diminuição no número de fiscalizações ambientais na região, a ausência da Polícia Militar do estado no apoio às equipes de fiscalização e o anúncio, veiculado em um jornal de Novo Progresso (sudoeste do estado) convocando fazendeiros para promoverem um ‘Dia do Fogo”.
Forças Armadas
Sete estados brasileiros já pediram ajuda às Forças Armadas para combater as queimadas na Amazônia. São eles:
- Amazonas
- Acre
- Rondônia
- Roraima
- Mato Grosso
- Pará
- Tocantins
No sábado (24), o Ministério da Economia aprovou a liberação de R$ 38,5 milhões para o combate de queimadas na região da Amazônia. O dinheiro liberado estava bloqueado no orçamento da pasta.
Na sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto autorizando as Forças Armadas a atuar no combate ao fogo na região da Amazônia Legal, que compreende os sete estados da região Norte, além de Maranhão e Mato Grosso.
Para a medida passar a valer, é preciso que o governador de cada estado solicite oficialmente a ajuda federal. A ação das tropas federais na Amazônia começou no sábado (24), na região de Porto Velho, capital de Rondônia.
As queimadas na floresta amazônica geraram uma crise para o Palácio do Planalto nos últimos dias. A política ambiental de Bolsonaro gerou críticas no Brasil e no exterior.
Na sexta-feira, depois de uma semana de desgaste, o presidente, além de acionar as tropas federais, fez um pronunciamento em rádio e TV dizendo que terá tolerância zero com crimes ambientais.
De acordo com a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), 2019 é o pior ano de queimadas na Amazônia brasileira desde 2010.
Nesta semana, a Nasa divulgou várias imagens que mostram pontos de queimadas em Rondônia. A fumaça pôde ser vista do espaço.
Fonte: G1, Ana Krüger.
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