Mecânico morre a caminho da delegacia mas familiares não acreditam na versão da Polícia Militar

O mecânico Marcone Pereira de Alencar, 36 anos, morreu nesta última terça-feira (03), no Hospital Municipal de Parauapebas, onde permanecia internado com quadro grave de traumatismo craniano, após ter supostamente pulado da viatura policial onde seguia sendo conduzido até a delegacia por se envolver em uma briga.

Segundo informações, durante uma reunião em família, Marcone havia se alterado com seu sobrinho que também fazia parte do seu quadro de funcionários, e a discussão acabou evoluindo para uma luta corporal.

Depois de parentes apaziguarem o ocorrido e separarem os dois, um vigilante de empresa privada que passava na rua durante o ocorrido resolveu adentrar à residência dos familiares de Marcone para verificar a situação. Mesmo após a briga ter acabado, o mecânico ainda se encontrava em estado de muita tensão, e a intromissão do vigilante, aumentou ainda mais o nervosismo de Marcone que acabou por agredi-lo.

O guarda então, chamou a polícia que chegando no local deu voz de prisão ao mecânico e o colocou na viatura com destino a DP. Infelizmente o trajeto não foi concluído, pois de acordo com o relato dos policias, Marcone Pereira teria se jogado do veículo, havendo então a fratura do crânio do mesmo.

O homem foi removido do local, pela equipe do SAMU e levado até o hospital.

Familiares, amigos e parentes do morto não aceitam a versão do ocorrido contada pela polícia pois não acreditam que Marcone se jogaria da viatura em movimento. Clamando por justiça, a família do mecânico relata que o homem não tinha marcas de raladura ou ferimentos no corpo que comprovem que ele tenha se jogado do veículo, “havia somente um hematoma muito grande no lado direito do rosto, como uma pancada” relatou um membro da família do falecido.

O major Gledson Melo dos Santos, comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, disse que um inquérito policial foi aberto e o caso está sendo apurado com rigor, informando ainda que no momento nada pode ser afirmado.

Texto: Clara Antunes – Portal PBS / Imagem: Blog Zé Dudu.