O dólar opera em queda nesta terça-feira (12), com investidores avaliando os dados de inflação norte-americanos, que veio acima do esperado em março e pode intensificar a pressão por aumentos nos juros daquele país.
Às 10h42, a moeda norte-americana recuava 1,09%, cotada a R$ 4,6390.

Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 0,41%, cotada a R$ 4,6899. Com o resultado, passou a acumular baixa de 1,46% na parcial do mês. No ano, tem queda de 15,87% frente ao real.
No exterior, os investidores avaliam dados de inflação nos Estados Unidos que subiu a 8,5% em março, estimulando apostas de aumentos maiores na taxa de juros norte-americana.
Os preços do petróleo subiam com esperanças de alívio nas restrições em algumas áreas de Xangai devido à Covid-19 e após a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) alertar que seria impossível substituir possíveis perdas de oferta da Rússia.
Por aqui, o IBGE divulgou o resultado do setor de serviços em fevereiro, que recuou 0,2%, no segundo mês seguido de queda – acumulando recuo de 2% no ano.
Os investidores seguem de olho na trajetória dos juros no país e nos próximos passos do Banco Central, depois que o resultado de março do IPCA veio acima do esperado e colocou em xeque a perspectiva de encerramento do ciclo de aperto monetário em maio.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na segunda-feira que o resultado da inflação de março foi uma “surpresa” e os núcleos do IPCA “estão muito altos”, aumentando as apostas de que a taxa básica de juros (Selic) será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.
Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.
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