Mais uma vez o tráfego pela Alça Viária, entre a região metropolitana de Belém e o restante do Pará está prejudicado pela queda de estrutura. A história se repete com uma colisão de balsa com um pilar e a destruição de um trecho da terceira ponte no Rio Moju, desta vez próximo ao acesso ao Acará.
Foi na madrugada deste sábado (6), por volta de 1 hora, e poderia ter sido uma tragédia ainda maior. A balsa que teria causado o problema ficou, inclusive, sob os escombros da ponte, no rio.
As informações no local, entre os populares, davam conta na madrugada de que dois carros de passeio e um caminhão, caíram do vão logo após o acidente e estariam sumidos, mas nada disso foi confirmado até esta manhã pelas autoridades.
Quando a Alça Viária foi concebida, ainda no governo Almir Gabriel, os engenheiros responsáveis fizeram a estrada incluir comunidades antes isoladas, de forma que os veículos passam sobre o Rio Moju duas vezes, em locais diferentes. A ponte que caiu em 2014, também por colisão de balsa, foi a que fica logo à margem da cidade de Moju, a chamada segunda ponte da Alça. A que caiu agora é a terceira.
As autoridades ainda estão, nesta manhã, tentando entender toda a situação e a extensão do problema para as primeiras providências. Não se sabe, por exemplo, se será possível intensificar o número de balsas no local, para dar passagem aos veículos. Já há filas quilométricas em ambos os lados. A Polícia Militar montou barreiras nas cabeceiras da ponte que caiu.
Não é demais lembrar, que a reconstrução da ponte que caiu em março de 2014 levou 21 meses, só sendo reaberta em dezembro do ano seguinte e foi apenas um trecho da ponte, um vão bem menor do que o causado agora. Sem contar que é necessária a avaliação sobre a estrutura que ficou ainda de pé.
Já em 2019, o governador Helder Barbalho, após ficar sabendo de rumores de rachaduras nesta ponte próximo ao Acará, esteve no local em vistoria junto com engenheiros do Estado, ocasião em que, inclusive, tranquilizou os usuários de que não havia perigo. Não imaginava, ele, àquela altura, que a própria ação humana fosse prejudicar a ponte.
Correio de Carajás
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