Apesar do município de Parauapebas está quase sempre liderando os rankings de produção mineral do país e até mesmo do mundo, a atualidade que a gestão apresenta aos moradores tem desagradado muito, tornando a “capital do minério” uma cidade sem atrativos ou até mesmo desinteressante.
Recentemente, foi noticiado em alguns veículos de comunicação sobre a quantidade astronômica do valor de arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) que seriam repassadas para a Prefeitura de Parauapebas neste mês de julho.
Ao receberem a notícia, os moradores de quase toda a região entraram em uma expectativa de que a cidade, ganharia os serviços necessários para melhorar a qualidade de vida. Mas se você acha que 32 milhões não ajuda muito, vamos aos demais números.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Parauapebas comandado pelo prefeito Darci Jose Lermen, tem seus contribuintes que hoje somam cerca de 202 mil habitantes e já pagaram aos cofres do município mais de meio milhão no primeiro semestre de 2018, essas são informações do Portal da Transparência.
No portal consta ainda que até o final do mês de Junho entraram nos cofres públicos o total de R$ 510.436.384,12. A prefeitura do município prevê, através da Lei Orçamentária Anual (LOA) que irão arrecadar R$ 1.198.080.000,00 bilhão este ano.
Este valor já arrecadado corresponde percentualmente 42% em cima do previsto para o ano e, incluem todas as fontes tributáveis como, ICMS, IPTU, CFEM, taxas, multas e contribuições. O Cfem é responsável por R$200 milhões desse montante.
MAS PARA ONDE VAI TANTO DINHEIRO?
A Capital do Minério encontra-se em uma constante montanha russa, com uma quantia exorbitante sendo arrecada por ano, a cidade era pra ser uma cidade modelo, assim diz a maior parte da população. Mas a atualidade é dura de ser apreciada.
Em seu segundo ano de mandato, o prefeito de Parauapebas ainda não entregou os uniformes para os alunos das escolas públicas, e isso tem gerado revolta aos pais que reclama também da merenda escolar oferecida para as crianças.
As ruas da cidade estão tomadas por buracos, o péssimo saneamento básico pode ser encontrado em vários locais e a iluminação pública é um dos maiores problemas enfrentados pela população na atualidade.
Quase metade de toda a capital do minério encontra-se na escuridão pela noite, incluindo a PA-275 que em diversos trechos encontra-se com um lado inteiro das luzes apagadas dificultando bastante a prática de exercícios físicos pelos amantes da boa qualidade de vida.
Animais abandonados são vistos constantemente perambulando pelas ruas e um Centro de Zoonose ainda não foi implantando para a melhoria desta triste situação.
Esses problemas formam apenas a ponta do “iceberg”. Os moradores se recusam a acreditar que com tanto dinheiro, Parauapebas vivencia um momento tão ruim como o atual. Mas a esperança é a última que se vai e a espera pela melhoria continua.
Reportagem: Rodrigo Melo – Portal PBS
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