Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a estimativa de inflação e, pela primeira vez, passaram a estimar que a taxa básica de juros terminará 2019 abaixo de 5% ao ano.
As projeções constam no boletim de mercado conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
De acordo com a instituição, os analistas do mercado financeiro baixaram a estimativa de inflação para este ano de 3,44% para 3,43%. Foi a oitava queda consecutiva nesse indicador.
Com isso, a expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro baixou a estimativa de inflação de 3,80% para 3,79%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Taxa básica de juros
O analistas de mercado também baixaram de 5% para 4,75% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019. Essa é a primeira vez que os economistas projetam juros abaixo da marca de 5% ao ano.
Para este ano, a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu estável em 0,87%. Para 2020, a previsão de crescimento do PIB continuou em 2%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Para 2019, a previsão do Banco Central é de uma alta de 0,8%, e a do Ministério da Economia é de um crescimento de 0,85%.
Outras estimativas
Dólar – A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu de R$ 3,95 para R$ 4 por dólar. Para o fechamento de 2020, avançou de R$ 3,90 para R$ 3,91 por dólar.
Balança comercial – Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 recuou de US$ 51,95 bilhões para US$ 51,71 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado subiu de US$ 48,10 bilhões para US$ 48,20 bilhões.
Investimento estrangeiro – A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, recuou de US$ 85 bilhões para US$ 83,40 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas passou de US$ 85 bilhões para US$ 83,20 bilhões.
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