A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na última quinta-feira (1º) a reclassificação de 1.924 agrotóxicos registrados no Brasil. Com base no novo marco regulatório, 600 produtos que tinham tarja vermelha no rótulo, que indica maior risco, foram redistribuídos para categorias inferiores.
Agora, só vai receber o título de “extremamente tóxico” (tarja vermelha) ou “altamente tóxico” (vermelha) o produto que levar à morte se ingerido ou entrar em contato com pele e olhos.
Os que podem causar intoxicação, sem risco de morte, levarão a classificação “moderadamente tóxico” (amarela), “pouco tóxico” (azul) ou “improvável de causar dano agudo” (azul).
As empresas terão um ano para se adaptar à nova embalagem.
No total, 1.942 produtos foram avaliados pela agência, sendo que 1.924 foram reclassificados e outros 18 não tiveram informações suficientes para serem redistribuídos e poderão ser categorizados futuramente.
No novo padrão adotado pela Anvisa, as classificações para cores de rótulos passarão de 4 para 6 e que só levarão em conta a toxicidade do produto, ou seja, o risco que o produto tem de matar.
Com essa redistribuição: 860 agrotóxicos terão nova classificação e os rótulos mudam de cor, 842 mantiveram a coloração das tarjas, 222 subirão para uma categoria mais rígida.
O número de reavaliações desta quinta-feira equivale a 87,4% dos 2.201 pesticidas disponíveis para comercialização no país, segundo dados do Ministério da Agricultura.
TARJA VERMELHA
No entendimento anterior da Anvisa, agrotóxicos podiam ser classificados como “extremamente tóxicos” (tarja vermelha) produtos que não necessariamente levariam à morte, mas causariam lesões ou irritação severa se ingeridos ou entrassem em contato com a pele ou olhos. Ou seja, risco de morte ou de graves lesões ou intoxicação eram tratados da mesma maneira.
De acordo com o novo marco, duas classificações de produtos receberão tarja vermelha nos rótulos: “extremamente tóxico” e “altamente tóxico”. Com a modificação, 98 pesticidas continuarão com a mesma cor de rótulo e 24 virão de classes inferiores (rótulos amarelo e azul).
Na categoria “extremamente tóxico”, a mais alta de todas, 43 agrotóxicos permanecerão com o mesmo status. A maior parte desse total será rebaixada para as classificações “pouco tóxico” (277) e “improvável de causar dano agudo” (243), de tarja azul.
TARJA AMARELA
A terceira classificação para agrotóxicos é nova e receberá uma tarja amarela no rótulo. Ela terá o nome de “moderadamente tóxico”.
Daqui um ano, 136 pesticidas estarão nesta categoria. Do total, 75 migrarão de uma classe mais alta (“extremamente tóxico”). Outros 43 pesticidas que tem a mesma cor de rótulo, mas que são nomeados de “altamente tóxicos” irão para essa faixa.
Outros 18 defensivos que tem rotulagens mais brandas (azul e verde) mudarão para esta categoria.
TARJA AZUL
Para agrotóxicos de menor risco toxicológico, segundo a Anvisa, duas categorias de produtos receberão uma tarja azul no rótulo: “pouco tóxico” e “improvável de causar dano agudo”.
No item “pouco tóxico”, que tem rótulo verde e passará a ser azul, são 599 produtos, sendo que 361 virão de classificações mais altas (rótulos vermelho e amarelo). Do total, além dos 277 que serão rebaixados da categoria “extremamente tóxico”, 84 sairão da classe “altamente tóxico”.
Se comparar a mesma cor de rótulo, que é da classe “medianamente tóxico”, que será extinta, 209 manterão o mesmo patamar e 29 que têm coloração verde vão para a tarja azul.
Na nova categoria “improvável de causar dano agudo”, também com rótulo azul, serão 899 agrotóxicos. Serão rebaixados 763 defensivos de tarjas vermelha e amarela e 136 pesticidas subirão de categoria (tarja verde para azul).
Texto/Imagem: G1
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