Uma nova análise feita pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, constatou SARS-CoV-2 em 3.212 amostras, sendo que em 3.171 (98,7%) há indicação de infecção pela variante ômicron. Os pesquisadores analisaram 8.121 amostras coletadas entre 2 e 8 de janeiro de 2022.
Desde o dia 1º de dezembro de 2021, os pesquisadores testaram um total de 58.304 amostras em 478 municípios de 24 estados e do Distrito Federal. A ômicron foi identificada em 191 municípios de 18 estados.
Esse é o quarto levantamento dos laboratórios. A prevalência da ômicron foi de:
- 9% (em 21 de dezembro)
- 31,7% (em 29 de dezembro)
- 92,6% (em 6 de janeiro)
Para detectar a nova variante, os laboratórios utilizaram o teste RT-PCR e não fizeram o sequenciamento genético. “A ômicron possui diversas mutações e deleções (remoções de fragmentos de genes). Uma deleção em particular afeta os códons 69 e 70 do gene S (na linhagem Ômicron BA.1). Alguns testes RT-PCR falham na detecção da região deletada, e assim podemos detectar a ômicron”.
“Com os levantamentos, conseguimos acompanhar o avanço da Ômicron quase em tempo real, alertando o poder público e a população para a importância de não se abandonar as máscaras, como se chegou a cogitar, e do perigo de se planejar o carnaval nesta fase da pandemia. A experiência internacional com essa variante mostra que a doença se apresenta mais branda entre os vacinados, tendo os não vacinados 15 vezes mais possibilidade de forma grave e morte”, afirma o imunologista Jorge Kalil, diretor-presidente do ITpS.
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado na terça-feira (11), o país tem 425 casos confirmados de ômicron e há outros 838 em análise.
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